sábado, 3 de agosto de 2013

Mina Brejuí e Barragem de Gargalheiras

Um pouco sobre a história do local...



A Mina Brejuí está localizada no município de Currais Novos, em região de clima Semi-Árido, com dias quentes e noites agradáveis. Considerada a maior mina de Scheelita da América do Sul, a Mina Brejuí iniciou a exploração de suas atividades em 1943, data da descoberta do minério em nosso município. Somente em 1954, a Mina Brejuí foi constituída empresa com o nome de Mineração Tomaz Salustino S/A, sendo concessionário o Desembargador Tomaz Salustino Gomes de Melo.


A mineração em Currais Novos teve o seu apogeu em plena Segunda Guerra Mundial, fornecendo toneladas de minérios às indústrias do aço. Durante esse período, o progresso da sociedade se fez notar através da construção do Tungstênio Hotel, cinema, posto de puericultura, emissora de rádio, estádio de futebol, campo de pouso, colégios, hospital e casa do idoso.

A partir dos anos 80, do século XX, inicia-se o declínio da mineração em consequência da oscilação dos preços internacionais da Scheelita e da utilização de outros minérios para a fabricação de artefatos industriais e tecnológicos, levando a Mina Brejuí a reduzir suas atividades de extração mineral e buscar novas alternativas econômicas.


Atualmente, as minerações do município de Currais Novos estão voltando às suas atividades minerais paralisadas, parcialmente, desde o final da década de 90. Já são mais de 300 empregos gerados até o momento.

Além da volta das atividades minerais, a Mina Brejuí tornou-se nos últimos anos o maior parque temático do Rio Grande do Norte, sendo visitada diariamente por turistas e estudantes vindos de toda parte do Brasil e do Exterior. Mais de 20 mil turistas nos últimos anos. 


Fonte: http://www.minabrejui.com.br/

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Assim como nas aulas de Zoologia, as aulas de Pedologia não poderiam ser 100% se não tivessem algo relacionadas com o contato real do assunto abordado durante as aulas.

O inicio da viajem para a Miná de Brejuí não foi um dos melhores (pelo menos pra mim) e um pouco traumatizante, pra ser sincera. As 6 horas da manhã , quase no fim do caminho para pegar carona com a professora eu fui assaltada, que sorte hein, tô brincando, tive sorte mesmo, o cara só roubou meu celular, dentro da minha mochila tinha uma câmera, o cara devia estar doido (de droga ou com medo de alguém ver) que correu assim que entreguei meu celular. Ótimo começo de viajem!

Tirando isso, a viajem (que na verdade foi uma aula de campo, uma verdadeira aula de campo) foi ótima!
Pra começar, o caminho da ida bem animado, levando como passageiro extra o fotografo da faculdade.


Imagem retirada do Google Maps. Caminho percorrido (em roxo) 
de Mossoró (ponto B) á Currais Novos (ponto A)

A viajem durou em torno de 2 horas e meia, recheada pela bonita paisagem da Caatinga em seu momento mais verde e alguns momentos de adrenalina (exagerada!) devido aos altos e baixos que a estrada tomava.
 


Fomos recebidos por um guia que nos mostrou o lugar. Entramos em um "trem" e partimos para a mina. Enquanto isso, o guia explicava sobre a criação da mina, os minérios que eram extraídos e as normas de segurança que todo local tem que ter. Recebemos um capacete e seguimos em fila indiana para a entrada da mina. 

"Eu vou!!!" Imitando os sete anões
 (Como sempre, reservando um momento para brincar)


Trensinho - Só faltou a Mônica

O caminho da mina é estreito, mas o suficiente para andar sem ter medo de bater a cabeça no teto. O único cuidado que se deve ter é o de onde você pisa, o chão é molhado e escorregadio por causa da lama, os visitantes e funcionários devem andar sobre uma tábua de madeira (como mostra a foto a seguir). 

P.s. não façam como eu, não usem tênis branco. 
 
Trecho do inicio da mina

Não esta muito nítido, mas esse quadro branco é uma fotografia de trabalhadores 
no inicio das atividades de extração da mina (meados de 1950). 


 Atravessamos trechos permitidos para a visitação. Aprendemos sobre a manutenção e organização dos trabalhos internos dentro da mina e sobre as formas de extração. Como na Gruta de Ubajara tivemos o momento na escuridão... foi sinistro! Como a mina é úmida e meio gelada a tensão de ficar no escuro foi muito legal (xó doida!!!).




Depois que saímos da mina entramos novamente no trensinho e fomos para um lugar onde eles jogam a parte do sedimento não utilizado. Um tipo de duna surgiu com o depósito e acúmulo desses sedimentos. 
Na minha opinião um impacto ambiental bem grande por soterrar/desmatar a vegetação e de poder reutilizar esses sedimentos a procura de outros minerais como o ferro, que é bastante presente.

E a natureza luta pela sua sobrevivência



Logo em seguida fomos para o local onde tratava do processo de separação dos minerais.Aprendemos sobre o processo de separação e de purificação do mineral, além de descobrir a finalidade da preciosa Scheelita: utilizado em aplicações eletrônicas e nas pontas das canetas esferográficas.




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